quarta-feira, 10 de março de 2010

Convivendo com o barulho

O Senhor, porém, está no Seu santo templo; cale-se diante dEle toda a terra. Habacuque 2:20

O mundo está cada vez mais barulhento. Mesmo em nosso lar pode haver barulho em excesso. Os ruídos combinados dos eletrodomésticos, mais os de cachorros latindo, gatos miando, crianças berrando (e talvez o papagaio também resolva meter o bico na conversa), fazem com que o nível de ruído em nossa própria casa seja muito elevado.

Nas grandes cidades a poluição sonora é ainda maior, em virtude de buzinas, sirenes, marteletes abrindo o asfalto, motos, camelôs anunciando em alta voz os seus produtos, e muitos outros. Mas, embora o barulho esteja muito ligado à vida moderna e aos grandes centros, já existia também na antiguidade, embora em menor proporção.

No primeiro século antes de Cristo, cidadãos de Roma reclamaram tanto contra o barulho das rodas das carruagens romanas, que César proibiu o tráfego noturno dessas carruagens. No décimo sexto século, na Inglaterra, a bondosa rainha Elizabeth promulgou um decreto proibindo que os maridos surrassem as esposas depois das dez horas da noite, por causa da gritaria provocada por essa prática.

Há pessoas que não podem viver sem barulho. A solidão, o silêncio, a meditação são insuportáveis para elas. Precisam falar com alguém, e, se não há com quem falar, ligam o aparelho de som ou a televisão. Parece que o barulho causa dependência, tal e qual as drogas.

Um professor conta que certa vez foi à igreja. O ambiente convidava à meditação. Mas, de repente, os ouvintes foram sacudidos por estridentes acordes vindos do órgão. Era o organista, que executava uma fuga de Bach em volume tão elevado que quase pôs em fuga o auditório. Quando terminou, o orador transmitiu sua mensagem com tal eloquência que o professor, em vez de sair da igreja revigorado espiritualmente, saiu meio zonzo. E ficou se perguntando se a poluição sonora teria se tornado uma parte tão integrante da sociedade moderna, a ponto de invadir até mesmo os momentos de meditação e adoração.

Podemos nos aproximar de Deus quando os decibéis se aproximam dos níveis de tolerância? Será que nossa espiritualidade se eleva paralelamente à elevação do volume de som? É claro que não. Como povo que busca uma comunhão íntima com Deus, precisamos ter períodos de calma e quietude em que possamos ouvir Sua voz falando ao nosso coração. Procuremos encontrar hoje esses momentos para estar a sós e em silêncio com Deus.

6 comentários:

  1. Olá a todos!
    Fico feliz de encontrar este blog, pois sofro muito com a poluição sonora também, particularmente pela musica alta da casa de meus vizinhos e de seus carros. Gostaria de receber notícias e tambem de saber das ações desse grupo e de que forma posso ajudar. Estou disposto a colaborar como cidadão para uma questão que envolve a saúde pública e representa para todos nós mais uma face de uma cultura de violência: a cultura da música alta.
    Espero receber notícias. Muito obrigado.

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  2. Fantástica a intenção desde blog. Acho que as pessoas antes de exigirem direito a fazer barulho devem lembrar que o próximo tem direito a sua tranquilidade.
    Pergunto: Alguém aqui já teve resultado com denúcia de bar irregular e barulho de som absurdamente alto de vizinhos?
    Pergunto porque da vezes que liguei para o 181 me mandavam ligar para o DISQUE SILÊNCIO (DS), quando liguei para o DS (e foram muitas) em 3 anos, só fui atendido 2 vezes.
    Moro na Passagem Aurora no Entroncamento (CEP 66645115), bem conhecida da polícia, quando a mesma que ir lá.
    Neste momento estou escrevendo ao som de Tecno Brega, enquanto a parede de minha casa treme!!

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  3. Bom, dia, hoje fui obrigado a acordar mais cedo, como todo o santo dia, quem me acordou foi o rádio do meu vizinho, ele sempre liga o aparelho nos primeiros horário em que o Sol começa a aparecer, sempre com o mesmo programa: "Acorda Ananindeua".
    Isso sem falar nos finais de semana que é o dia inteiro sem parar. Descansar em casa em um sábado ou domingo? Nem sei o que é isso! Se você souber como é, me descreva o quanto deve ser bom.
    Os outros vizinhos - que são seus parentes - já reclamaram com ele sobre o volume excessivo do Rádio, mas não adiantou em nada!
    A música dele que não é nada agradável, essa situação diariamente desconfortável vêm me deixando extremamente estressado e cansado, tirando o meu ânimo e impedindo a minha produtividade no trabalho. Eu fico sentindo sono o dia inteiro por causa disso. A sensação que tenho é de que um rádio também pode servir como um instrumento de tortura e meu vizinho o tem utilizado dessa forma. Infelizmente!

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  4. Poluição sonora é crime. Vamos denunciar. É crime contra o meio ambiente e contra as pessoas. Não vamso esperar a cidade crescer a ponto de perdermos o controle.

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  5. Aqui em Altamira há uma necessidade "gritante" de combate a poluição sonora. Eu sou vítima de poluição sonora. E minhas denúncias na SEMAT de nada adiantaram. Sinceramente, gostaria muito de acreditar nessa possibilidade de uma cosncientização a respeito da temática. No entanto, aqui em Altamira as ações tem sido pequena. Precisamos formar uma equipe com coragem para combater esse crime uma vez que pode causar sérios problemas a saúde humana.

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  6. Caros amigos , estou na reta final onde apresentarei meus trabalhos para o nosso Secretário de Segurança espero ter apoio para a realização de um curso de combate a essa chaga , que contamina nossos jovens e crianças que é a poluição sonora em nosso Estado , se Deus quizer seremos atendidos em nossos anseios , minha determinação e ferrenha , divulguem nosso blog a seus amigos, colegas e vizinhos , quem sabe não faremos uma corrente do bem e produzir um trabalho digno á população que esta carente de paz, pois apesar dos trabalhos diligentes da Dema , amesma conta apenas com uma equipe e um carro para o Estado inteiro , grande abraço . Dpc Wildenyra

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